Estudo – A Amizade, Segundo Cícero – Parte 2

cicero[1] (2)[4][1]

"Nada de melhor foi concedido aos homens pelos deuses imortais, nada mais felicitante".

Aqui continuo o ensaio sobre o livro A Amizade, de Cícero. Se você quiser ler a primeira parte, clique no link abaixo.

Ensaio - A Amizade, segundo Cícero - Parte 1


Posto que a virtude dá origem a amizade, então ... onde ela trilha também a semelhança  de alma achega-se e conecta-se. Quando isso ocorre, necessariamente, o amor brota ".
A virtude vem da amizade, mas, se é Acompanhada da semelhança, pode tornar-se amor.

Para tudo que fazemos, nada melhor que ter um companheiro para compartilhar as coisas boas e gostosas, e quando temos reciprocidade de favores e atenção, mas cuidado:

Não é a amizade que acompanha utilidade, e sim a utilidade que segue a amizade ".
Não se DEVE ter amizade por causa da busca de favores. Não há grande prazer em ter nossos desejos sendo realizados por outras pessoas, pois o dia que essas pessoas deixarem de realizá-los, não haverá mais o interesse por elas.
Por outro lado, o amor intrínseco da amizade, propicia que eu faça pelo amigo de forma altruísta e sinta o prazer maior pela alegria dele por perceber minhas reais boas intenções ao fazê-lo, ficando claro que o maior valor não está no que eu fiz , mas na intenção e em que fiz, essas ações acabam sendo recíprocas, pois da Amizade vem sempre outras atitudes e favores.
Exemplo: minha esposa tem um tio que temos uma grande amizade. Sempre que vamos visitá-lo, recebemos um presente dele que sabe que iremos gostar, pois se dedica a descobrir nossos gostos e, de forma LABORIOSA prepara o presente. Apesar de gostarmos, o que dá mais satisfação é saber que aquele senhor, que certamente tem Inúmeras outras coisas a se preocupar, reservou um pouco de seu pensamento a nós  e de forma carinhosa. Fica clara sua única intenção de nos ver felizes, pois dessa forma ele fica também. Automaticamente, sempre que vemos algo que sabemos que ele gosta, como um filme ou livro, Imediatamente vem a mente nosso querido tio e o desejo de presenteá-lo, não por Obrigação, mas porque nós ficaremos mais felizes em deixa-lo contente.

Existem três máximas sobre a amizade que Cícero discorda totalmente. São elas:

  • Devemos sentir em relação ao amigo o mesmo afeto que em nós sentimos.

Cícero - Quantas coisas fazemos aos amigos que não faríamos a nós mesmos?
Fazer recurso junto a pessoa indigna, suplicar, interpelar alguém asperamente e insistir com veemência extrema. De outro lado, há muitas oportunidades em que o indivíduo decente prefere levar prejuízo, Permitindo que os amigos tenham preferência em usufruir delas.

  • Nossa benevolência para com o amigo DEVE corresponder ao dele para conosco.

Cícero - Isso é chamar a amizade de cálculo! Ela não observa, meticulosamente, se deu mais ou menos. Não se DEVE Temer quando algum de nossos Benefícios são superiores ou perdem em questão de amizade ".

  • A estima de cada um por si é a medida da estima ao amigo.

Cícero - Esse é o pior! Declara que quanto cada um faz para si tanto seja feito pelo amigo.
Ocorre com freqüência que, em alguns indivíduos, o ânimo está deprimido e a esperança de Progredir fica diminuta. Deveria então Reduzir o amigo a esse mesmo estado?
Na próxima parte do ensaio, veremos como avaliar para encontrarmos boas amizades. "
'Té mais!
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